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O delírio do código aberto: quem pensa quando a máquina finge?

O delírio do código aberto: quem pensa quando a máquina finge? Fonte original: https://oglobo.globo.com/economia/tecnologia/noticia/2025/08/05/openai-lanca-modelos-abertos-de-inteligencia-artificial-capazes-de-realizar-raciocinio-complexo.ghtml #maispertodaignorancia Texto crítico: A OpenAI acaba de abrir o cofre. Modelos “abertos” de inteligência artificial agora são capazes — diz o marketing — de realizar raciocínio complexo. A promessa não é nova: maquinar a razão como se ela pudesse ser exportada, empacotada e entregue em API. O inédito é o cinismo com que se simula transparência para o que continua sendo, estruturalmente, uma caixa-preta — só que agora open source. De onde vem essa ânsia por “raciocinar” maquinalmente? Seria ingenuidade supor que ela nasce do desejo humano de compreender mais. Ao contrário, como nos alerta Bauman em Em busca da política, vivemos a liquefação das decisões e a externalização das escolhas. A máquina não pensa por nós. Ela pensa em lugar d...

O que é mais assustador? A IA pensar sozinha ou pensar como se fosse você?

O que é mais assustador? A IA pensar sozinha ou pensar como se fosse você? Vivemos tempos onde a profundidade se tornou uma simulação. Em um cenário de respostas rápidas, discursos refinados e vocabulários adornados por citações filosóficas cuidadosamente encaixadas, surge uma dúvida incômoda, quase herética: Será que sou eu quem está pensando ou apenas usufruindo do prazer de me ver pensado por outro — uma IA? Essa pergunta, à primeira vista, soa paranoica. Mas é exatamente essa suspeita que deve nos mover, porque talvez a alienação do nosso tempo não esteja na ausência de pensamento, mas na sua terceirização elegante. A IA não nos emburrece de forma escancarada; ela nos enche de discursos tão sofisticados que nos convencemos de que fomos nós quem os gestamos. O risco é esse: a própria profundidade virou performance. Um novo mercado de ideias pré-montadas. E aqui, não se trata de criticar o uso da IA como instrumento.  Trata-se de perceber o modo como ela reencena...