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O Silenciamento como Poder: Entre a Fragilidade da Autoridade e a Judicialização do Afeto

Texto fonte O Silenciamento como Poder: Entre a Fragilidade da Autoridade e a Judicialização do Afeto Introdução Vivemos um tempo em que a dor passou a ter mais valor político que a razão. Onde a ofensa virou ferramenta de gestão, e o insulto, catalisador de processos judiciais. Nesse contexto, o discurso público é cada vez mais pautado pela demanda afetiva e não pela articulação racional. Este ensaio propõe-se a pensar o que acontece quando o poder político — no caso, a figura do presidente da República — não mais sustenta seu papel simbólico, mas aciona o judiciário para validar a sua vulnerabilidade. 1. A Autoridade Ferida e a Crise do Poder Simbólico A autoridade, como lembra Byung-Chul Han em O Que é o Poder? , não se afirma pela força, mas pela aceitação do outro, pela internalização voluntária da ordem. Quando um presidente precisa da Polícia Federal para reagir a um insulto como "ladrão", ele não reafirma o poder: ele o denuncia. Revela sua incapacidad...