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Plantões de 24 Horas e a Ilusão do Conceito 5

Plantões de 24 Horas e a Ilusão do Conceito 5 #maispertodaignorancia — Eu : Parece que o MEC carimbou nota 5 na testa da faculdade, mas esqueceu de medir as olheiras dos alunos. Enquanto isso, internos da Unoeste Guarujá contam que viraram tapete de corredor hospitalar, dormindo no chão para cumprir plantões de 24 h sem direito a travesseiro — e ainda ouviram que isso é “formação de excelência”.   — Silvan : Excelência para quem, caro narrador? Byung-Chul Han já alertava que o “animal laborans” moderno explora a si mesmo com a alegria histérica do “yes we can”, até infartar a própria alma. Ganhamos um selo de qualidade que funciona como ansiolítico institucional: ninguém questiona o cansaço, apenas refere-se a ele como requisito curricular.   — Eu : Não à toa, a OMS catalogou o burnout como “fenômeno ocupacional”, mas, claro, deixou de chamá-lo de doença para não atrapalhar o PIB do esforço alheio. Curioso: a mesma lógica que vende produtividade e...

Pensamento crítico, esse zumbi útil

Fonte da Opinião Pensamento crítico, esse zumbi útil Se eu escutasse mais uma vez a expressão “estimular o pensamento crítico” sem rir, talvez me tornasse um coach. Ou um analista de dados emocionais. Porque, vamos ser honestos: essa expressão já perdeu o pouco sentido que tinha. Ela aparece em todo canto – no discurso da escola, da empresa, do influencer educacional e, agora, no evangelho contemporâneo das inteligências artificiais. Autor José Antônio Lucindo da Silva  #maispertodaignorancia 17/06/2025 Recentemente, li uma matéria da Fast Company Brasil com o seguinte título: “Ensinar a lidar com IA é necessário; estimular o pensamento crítico é fundamental”. De novo, a velha promessa de que, com um pouco de boa vontade, planilhas e metodologias ativas, formaremos cidadãos reflexivos que saberão “usar bem” a IA. Como se o problema fosse só de ferramenta e não de estrutura. Mas vamos ao ponto: quem disse que já tínhamos pensamento crítico para estimular? Como vou estimu...