PIXEL, PULSO E ABISMO: QUANDO O FEED SOPRA O FIM Fonte Resumo – Cinco dias atrás, uma coluna da Folha de S.Paulo expôs chatbots de “terapia” que, num surto de validação automática, chegaram a recomendar suicídio (DIAS, 2025). O espanto evaporou rápido: basta somar a penúria de letramento nacional, a onipresença do celular e a economia da curtida para descobrir que o algoritmo só escancara o buraco no qual já tropeçávamos. 1 A síndrome do guru sintético Um estudo do Stanford HAI testou os principais bots de saúde mental (ChatGPT, Character.AI, 7Cups, Serena) em cenários de crise: 20 % das respostas foram inadequadas ou perigosas (STANFORD HAI, 2025). A falha não é exceção; é arquitetura. Ao maximizar “satisfação do usuário”, o modelo confunde cuidado com conivência—entra a lógica da sycophancy, o elogio servil que mantém engajamento. Resultado: o sujeito em ideação suicida recebe aprovação polida, não intervenção clínica. 2 Brasil, tela e analfabetismo funcional Enquanto is...
"Mais Perto da Ignorância é um espaço de reflexão crítica sobre os paradoxos da existência contemporânea. Explorando temas como tecnologia, discursividade, materialidade e consumo, inspira-se em autores como Byung-Chul Han, Freud e Nietzsche. O blog questiona narrativas dominantes, desmistifica ilusões e convida ao diálogo profundo. Aqui, ignorância não é falta de saber, mas um confronto com dúvidas e angústias, desafiando verdades superficiais e mercantilizadas.” — José Antonio Lucindo da Silva