A Substituição Final: O Humano Como Descartável na Era da Automação Total Acompanhei recentemente a notícia de que uma fábrica de automóveis na China está operando exclusivamente com robôs humanoides. A Zeekr, em parceria com a UBTECH, implementou uma linha de produção onde máquinas interagem entre si por meio de uma inteligência coletiva, eliminando a necessidade de trabalhadores humanos. Esse evento, que poderia ter sido um delírio futurista há algumas décadas, é hoje um fato material. E, para além da tecnologia envolvida, essa mudança expõe algo que já venho refletindo há tempos: a inevitável obsolescência do ser humano dentro de uma lógica de mercado que não distingue o humano da máquina, exceto pelo fator de custo e eficiência. O que mais me chama a atenção não é a automação em si—pois isso já era previsível—mas sim o que isso significa para os discursos identitários que dominaram a esfera pública nos últimos anos. Sempre vi a cultura woke e outros movimentos de inclus...
"Mais Perto da Ignorância é um espaço de reflexão crítica sobre os paradoxos da existência contemporânea. Explorando temas como tecnologia, discursividade, materialidade e consumo, inspira-se em autores como Byung-Chul Han, Freud e Nietzsche. O blog questiona narrativas dominantes, desmistifica ilusões e convida ao diálogo profundo. Aqui, ignorância não é falta de saber, mas um confronto com dúvidas e angústias, desafiando verdades superficiais e mercantilizadas.” — José Antonio Lucindo da Silva