Texto de referência Throning: Como aprendi que até o amor virou commodity… e eu talvez também Confesso que não me espantaria se amanhã inventassem uma nova sigla para o amor: A.R.T., Affective Return on Investment — ou, em bom português, Retorno Afetivo sobre o Investimento. Afinal, parece ser disso que se trata quando observo as novas — ou velhas — dinâmicas afetivas disfarçadas de tendência. O throning, esse novo termo pop da Geração Z, nada mais é do que a boa e velha hipergamia, só que agora com filtro, ring light e algoritmo decidindo quem merece ser colocado no trono. E o mais curioso é que ninguém parece minimamente constrangido com isso. Ao contrário, virou pauta de aplicativo de namoro. Segundo o estudo do Plenty of Fish — e veja como até o nome já sugere que somos apenas mais um peixe no cardume —, 27% dos jovens da Geração Z admitem ter sido vítimas do throning. Bonito, né? O amor, que um dia já teve seu valor simbólico, se transforma oficialmente em transação un...
"Mais Perto da Ignorância é um espaço de reflexão crítica sobre os paradoxos da existência contemporânea. Explorando temas como tecnologia, discursividade, materialidade e consumo, inspira-se em autores como Byung-Chul Han, Freud e Nietzsche. O blog questiona narrativas dominantes, desmistifica ilusões e convida ao diálogo profundo. Aqui, ignorância não é falta de saber, mas um confronto com dúvidas e angústias, desafiando verdades superficiais e mercantilizadas.” — José Antonio Lucindo da Silva