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Arquivo Crítico MPI | Suicídio, Tecnologia e Terapias Alternativas

Arquivo Crítico MPI | Suicídio, Tecnologia e Terapias Alternativas 📌 ARQUIVO CRÍTICO MPI | Suicídio, Tecnologia e Terapias Alternativas Introdução Este arquivo reúne publicações que atravessam o eixo do Mais Perto da Ignorância sobre suicídio, inteligências artificiais e terapias alternativas digitais. Cada entrada é registrada com data e hora do momento em que foi elaborada neste espaço, funcionando como cicatriz discursiva: nem solução, nem consolo — mas reflexão. Seguimos, portanto, o que Camus chamou de “a única pergunta filosófica”. O que está em jogo aqui não é a universalidade, mas a materialidade da condição brasileira, marcada por precariedade, ansiedade e depressão. As comparações com autores estrangeiros servem apenas como espelho, não como padrão. 📌 ARQUIVO CRÍTICO MPI | Suicídio, Tecnologia e Terapias Alternativas Introdução Este arquivo reúne publicações que atravessam o eixo do Mais Perto da Ignorância sobre suicídio, inteligências artificiais e...

Discursividade econômica e adoecimento social na crise brasileira

Discursividade econômica e adoecimento social na crise brasileira Em tempos de euforia contábil e discursos de "estabilidade", talvez seja hora de perguntar: o que adoece quando a economia melhora? Este ensaio articula dados concretos de informalidade, precarização, ansiedade e burnout com o discurso midiático da autonomia produtiva — revelando um Brasil que finge independência intelectual enquanto convulsiona por dentro. Atravessando Marx, Byung‑Chul Han e Dejours, o texto traça um mapa do sofrimento contemporâneo onde o corpo, o trabalho e a linguagem colapsam juntos. Não há solução no final. Apenas a dúvida bem colocada. 📎 Baixe o artigo completo aqui: https://drive.google.com/file/d/1ZNbRCVeigYD_T-xEf3Pk2BNxI9ZfUOYz/view?usp=drivesdk #maispertodaignorancia ✍️ Nota do autor José Antônio Lucindo da Silva é psicólogo clínico (CRP 06/172551), pesquisador independente e autor do projeto Mais Perto da Ignorância, dedicado a analisar a cultura digital, o trabalho e ...

Transtornos femininos ou sintomas de uma sociedade adoecida?

Transtornos femininos ou sintomas de uma sociedade adoecida? (https://www.metropoles.com/saude/saude-mental-feminina-5-transtornos) Vivemos tempos em que a saúde mental feminina parece ser recortada em categorias de transtornos como se fossem mercadorias diagnósticas expostas numa vitrine clínica. No artigo do Metrópoles, lemos sobre ansiedade, depressão, burnout, transtornos alimentares e bipolaridade — todos apresentados como condições recorrentes entre mulheres, especialmente em contextos de acúmulo de papéis. Mas será que estamos falando de transtornos propriamente ditos, ou sintomas de um sistema que patologiza os efeitos de sua própria opressão? A chamada saúde mental feminina talvez revele mais da saúde do sistema do que da mulher. Como já sugeria a crítica feminista da psiquiatria, desde o século passado, há uma tendência de medicalizar respostas legítimas ao sofrimento, sobretudo quando vêm do feminino. A “mulher ansiosa” pode ser apenas a mulher que carre...

Scroll, logo padeço: anatomia da onipotência de bolso

Scroll, logo padeço: anatomia da onipotência de bolso Sentiu o feed ficar pesado? Aperta o fone e mergulha na autópsia da dopamina de bolso: ansiedade campeã, likes quebradiços, o “eu soberano” live do banheiro e zero autoajuda. ▶️ Ouça agora no Spotify: Quase todo brasileiro que conheço — eu inclusive — já acorda com o polegar em posição de oração, deslizando a tela como quem busca redenção. São 3 h 42 min por dia entregues às redes, segundo o TIC Domicílios 2024 . Enquanto isso, 18,6 milhões de compatriotas carregam diagnóstico de ansiedade, liderança mundial proclamada pela OMS . Dizem que o dado é científico, mas o sintoma é caseiro: sentado no banheiro-suíte, proclamo onipresença entre azulejos frios. Do atalho pulsional ao feed dopaminérgico Freud avisou que o corpo adora atalhos e que o recalque exige fila. Hoje a timeline aboliu a espera, servindo dopamina em conta-gotas fluorescentes — a cada like, uma micro-dose de anestesia simbólica. Estudos com adolescentes lig...

A República dos Divãs Vazios: oito ameaças ao cérebro num país que forma psicólogos em série e adoece em massa

A República dos Divãs Vazios: oito ameaças ao cérebro num país que forma psicólogos em série e adoece em massa Autor: José Antônio Lucindo  #maispertodaignorancia 24/06/2025 O Brasil exibe o maior exército de psicólogos do planeta — mais de 553 000 registrados — e, paradoxalmente, ostenta a pior taxa mundial de ansiedade (9,3 %) e uma das mais altas de depressão (prevalência vitalícia de 15,5 %). Essa contradição ganha relevo quando confrontada com a lista de oito fatores de risco cerebrais divulgada pelo Estadão : tela, insônia, álcool, tabaco, dieta ultraprocessada, sedentarismo, isolamento social e baixa escolaridade. A engrenagem pós-moderna brasileira acelera todos esses gatilhos, enquanto o cuidado psicológico continua concentrado em capitais, subfinanciado no SUS e orientado para o mercado privado, deixando grande parte da população sem acesso. 1. Oito gatilhos, um país conectado ao estresse Brasileiros passam em média 9 h 32 min por dia diante de telas, segu...