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Surtos assistidos por inteligência artificial: quando o delírio já estava pronto e só faltava um chatbot para apertar o play

Surtos assistidos por inteligência artificial: quando o delírio já estava pronto e só faltava um chatbot para apertar o play Autor: José Antônio Lucindo da Silva Blog:  #maispertodaignorancia #maispertodaignorancia Resumo Este artigo propõe uma leitura crítica e psicanalítica do fenômeno noticiado pelo jornal O Estado de S. Paulo, que relata casos de indivíduos em surto psicótico ou confusão mental após uso prolongado do ChatGPT. Em vez de atribuir à inteligência artificial um suposto poder de indução ao delírio, sustenta-se aqui que tais reações são efeitos de uma subjetividade já fragilizada, alicerçada na alienação contemporânea e na precarização dos laços. Utilizando conceitos de Freud, Winnicott, Lacan, Fédida e Byung-Chul Han, o artigo desmonta a lógica de culpabilização da máquina e propõe que a IA atua, na verdade, como espelho silencioso de um “eu” já desintegrado. 1. Introdução Não é a primeira vez que uma ferramenta humana é responsabilizada por surtos...

Eu, o polegar e a toga

Em poucas páginas, descubro que o Supremo quer costurar toga para algoritmo, que o mercado festeja CPM vitaminado, e que a tal “defesa da liberdade” parece ter sido escrita por quem nunca precisou rotear 4 G pré-pago na fila do SUS. A decisão do STF de furar o air-bag do Art. 19 pode até trazer algum alívio às vítimas de discurso de ódio — mas ao preço de empurrar pequenos criadores para fora do feed, concentrar ainda mais receita em Google-Meta & Cia. e inaugurar um “superego em nuvem” que cobra IOF moral por palavra digitada. Introdução  Eu, o polegar e a toga Acordo, deslizo o polegar e noto que, desde ontem, cada gesto meu já vem com etiqueta de responsabilidade civil embutida. Seis ministros do STF formaram maioria para reinterpretar o Art. 19 do Marco Civil e tornar as plataformas co-responsáveis pelo conteúdo antes mesmo de ordem judicial(gazetadopovo.com.br). Há quem comemore a faxina; eu, cético confesso, vejo Freud reaparecer em forma de IA: recalque aut...