Quando o algoritmo oferece escuta: uma promessa terapêutica ou a negação do vínculo?
José Antonio Lucindo da Silva – #maispertodaignorancia
Araraquara, 22 de junho de 2025
"Toda escuta começa por um silêncio. A IA, infelizmente, apenas simula os dois."
— Mais Perto da Ignorância
Enquanto as inteligências artificiais ocupam cada vez mais espaço em áreas que exigiriam presença humana, a matéria publicada por O Globo em 22 de junho de 2025 apresenta um dilema inquietante: a substituição do vínculo terapêutico por um chatbot treinado para responder, mas não sentir. A reportagem (“Terapia por IA tem riscos, mas pode ser benéfica se usada sob controle, dizem psicólogos”) traz vozes que tentam equilibrar os benefícios e riscos desse novo cenário.
O debate não é apenas técnico ou clínico. Trata-se de um sintoma. Afinal, se a escuta pode ser simulada por linhas de código, o que isso diz sobre a qualidade das relações que temos hoje? Será que buscamos, de fato, escuta...
"Mais Perto da Ignorância é um espaço de reflexão crítica sobre os paradoxos da existência contemporânea. Explorando temas como tecnologia, discursividade, materialidade e consumo, inspira-se em autores como Byung-Chul Han, Freud e Nietzsche. O blog questiona narrativas dominantes, desmistifica ilusões e convida ao diálogo profundo. Aqui, ignorância não é falta de saber, mas um confronto com dúvidas e angústias, desafiando verdades superficiais e mercantilizadas.” — José Antonio Lucindo da Silva