IA, espelho da demanda: o erro, o acerto e o simulacro ( Link da matéria original: https://exame.com/carreira/nao-gostei-da-resposta-o-que-fazer-quando-o-chatgpt-erra-ou-entrega-pouco/) por José Antônio Lucindo da Silva – #maispertoignorancia A inteligência artificial não é uma entidade autônoma, genial, visionária. Ela é apenas um espelho discursivo polido com estatísticas. E o mais irônico? Estamos apaixonados pela nossa própria imagem refletida nesse espelho sintático. Não é que desejamos a IA. Nós demandamos por ela. E essa diferença é brutal. O desejo, como Freud nos ensinou, é falta, tensão, elaboração. A demanda é imediata, ansiosa, performática. A IA não responde ao desejo — ela o sufoca com dados, modelos e predições que parecem saber mais sobre nós do que nós mesmos. Mas que, na verdade, só repetem o que já dissemos, com um verniz técnico que mascara o vazio de sentido. O artigo da revista Exame (“Não gostei da resposta: o que fazer quando o ChatGPT erra ou e...
"Mais Perto da Ignorância é um espaço de reflexão crítica sobre os paradoxos da existência contemporânea. Explorando temas como tecnologia, discursividade, materialidade e consumo, inspira-se em autores como Byung-Chul Han, Freud e Nietzsche. O blog questiona narrativas dominantes, desmistifica ilusões e convida ao diálogo profundo. Aqui, ignorância não é falta de saber, mas um confronto com dúvidas e angústias, desafiando verdades superficiais e mercantilizadas.” — José Antonio Lucindo da Silva