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A consciência como serviço: quando o sujeito vira atualização de sistema

A consciência como serviço: quando o sujeito vira atualização de sistema Por José Antônio Lucindo da Silva CRP: 06/172551 O primeiro episódio da sétima temporada de Black Mirror, intitulado "Pessoas Comuns", é mais do que uma distopia tecnológica: é um espelho incômodo que nos devolve não a imagem do futuro, mas o reflexo mais cru do presente. A trama acompanha Amanda, professora diagnosticada com um tumor cerebral, cuja "cura" é oferecida por uma empresa chamada Rivermind: remover a parte afetada de seu cérebro e substituí-la por tecido sintético, conectado a um servidor remoto. Em troca, ela viverá. Desde que se pague a mensalidade. Não se trata mais de imortalidade, como prometia o transumanismo. Trata-se da amortalidade: uma existência que não morre, mas também não vive. Amanda torna-se funcional, performática, uma plataforma de si mesma. Para manter seu funcionamento, ela passa a veicular anúncios involuntários em sua fala. A dor não é mais um sinto...