Sangrando o Silêncio: quando o cuidado se torna anestesia Sangrando o Silêncio: quando o cuidado se torna anestesia Não é novidade que os dados sobre saúde mental feminina estão em vermelho — não por serem visíveis, mas porque sangram em silêncio. A ansiedade, a depressão, os transtornos alimentares e o pânico que se multiplicam em corpos femininos não são eventos isolados, mas sintomas de um sistema que continua tratando o sofrimento como falha individual. O discurso dominante tenta nos convencer que cuidar da saúde mental é fazer yoga, tomar chá de camomila e usar aplicativos de respiração. Enquanto isso, a mulher segue com três jornadas: emocional, produtiva e estética. Ser ansiosa hoje é quase um dress code, desde que não atrapalhe a performance no trabalho ou a foto no Instagram. Freud já nos alertava, ao escutar as histéricas — mulheres que não podiam falar, então gritavam pelo corpo. Hoje, a histeria foi substituída por diagnósticos bem embalados para o consumo. Segundo Freud, “...
"Mais Perto da Ignorância é um espaço de reflexão crítica sobre os paradoxos da existência contemporânea. Explorando temas como tecnologia, discursividade, materialidade e consumo, inspira-se em autores como Byung-Chul Han, Freud e Nietzsche. O blog questiona narrativas dominantes, desmistifica ilusões e convida ao diálogo profundo. Aqui, ignorância não é falta de saber, mas um confronto com dúvidas e angústias, desafiando verdades superficiais e mercantilizadas.” — José Antonio Lucindo da Silva