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Quando a ciência vira dívida e a dúvida vira angústia

Quando a ciência vira dívida e a dúvida vira angústia https://www.reuters.com/article/idUSL1N3S00TY Quando a ciência vira dívida e a dúvida vira angústia Ironia ; Você confiaria seu futuro a cientistas e a juros? A ciência emergindo como o último alento de um país exausto não alivia: ela agrava. Porque hoje ela não cura—ela dispara uma dívida. E com ela, a angústia de saber que nada se paga, apenas se enrola. I. Entre promessas técnicas e o peso da dívida Há pouco, o discurso heroico da tecnociência nacional chegou ao clímax retórico: “vamos ser autossuficientes, romper com a dependência intelectual global, labutar por satélites nacionais”. Porém, é óbvio que a retórica ignora a necessidade básica — escutar o sujeito que sofre. Enquanto isso, o Tesouro Nacional divulgou que a dívida pública federal subiu 1,44% em abril de 2025, encerrando o mês em, R$ 7,617 trilhões. Em apenas um mês, foram R $ 70 bilhões de juros incorporados ao estoque. Esse número não é abstr...

O monstro quer mudar de nome — e nós?

🩸 O monstro quer mudar de nome — e nós? Se a justiça esquece, quem lembrará? E se perdoamos, por que ainda trememos ao ver o rosto do esquecido? I. O perdão como deletar: a era dos arquivos morais Francisco de Assis Pereira quer mudar de nome. Como quem troca de CPF ou e-mail antigo. O “Maníaco do Parque”, que estuprou e matou mulheres em série no fim dos anos 1990, planeja sua “reinvenção” para 2028, quando poderá sair da prisão. Ele não deseja exatamente reabilitar-se — deseja, ao que tudo indica, desaparecer. Não se trata de um caso isolado de revisão penal. É um sintoma. E como todo sintoma, carrega mais do que quer confessar. No fundo, não é o criminoso que está mudando de nome. É o próprio pacto simbólico de memória que a sociedade atual parece querer editar, como se fosse um post com comentários desabilitados. A promessa de que “aquele Francisco não existe mais” se insere num imaginário contemporâneo moldado pela lógica da performance e da obsolescência. Andr...