Quando até a IA se cansa de pensar por você #maispertodaignorancia Você sabe que algo deu errado quando a inteligência artificial começa a pensar mais do que o ser que a consulta. Pior: quando ela começa a desconfiar que está sendo usada para sustentar a ignorância com aparência de sabedoria. Não me refiro aqui àquela pessoa que pergunta, erra, refina, aprofunda, ironiza, duvida e espreme a IA até extrair o sumo da contradição. Não, esse é outro tipo — um tipo raro. Falo daquele sujeito que digita: "faça meu trabalho", "escreva minha redação", "explique sem que eu precise pensar" — e acredita que ao clicar em copiar e colar, se tornou um mestre da era digital. Esse é o novo homo automatizatus: um ser que não pensa porque acredita que delegar o pensamento é mais produtivo. Um sujeito que, diante do absurdo, terceiriza até o espanto. Sua cognição virou planilha, seu argumento é um ctrl+C, sua dúvida é um modelo pré-treinado. Enquanto isso, José (...
"Mais Perto da Ignorância é um espaço de reflexão crítica sobre os paradoxos da existência contemporânea. Explorando temas como tecnologia, discursividade, materialidade e consumo, inspira-se em autores como Byung-Chul Han, Freud e Nietzsche. O blog questiona narrativas dominantes, desmistifica ilusões e convida ao diálogo profundo. Aqui, ignorância não é falta de saber, mas um confronto com dúvidas e angústias, desafiando verdades superficiais e mercantilizadas.” — José Antonio Lucindo da Silva