Espelhos de Silício e Falsos Selfies: uma crítica psicanalítica ao uso do ChatGPT como “terapeuta” Autor José Antônio Lucindo da Silva #maispertodaignorancia Resumo Questiono – na primeira pessoa plural irônica que este projeto autoriza – a moda de terceirizar o sofrimento psíquico a chatbots generativos. A partir de Freud, Winnicott e das recentes notas de preocupação do Conselho Federal de Psicologia (CFP), argumento que o “acolhimento” algorítmico esteriliza desejo, silencia transferência e oferece uma segurança panóptica que trava a maturidade subjetiva. Concluo que transformar IA em divã é trocar liberdade libidinal por conveniência estatística. Palavras-chave: inteligência artificial; psicoterapia; transferência; falso self; regulação profissional. 1 | Introdução O boom de aplicativos que prometem escutar angústias via ChatGPT coincide com uma ofensiva regulatória do CFP, que instalou, em 2025, um Grupo de Trabalho sobre IA após seminário nacional dedicado ...
"Mais Perto da Ignorância é um espaço de reflexão crítica sobre os paradoxos da existência contemporânea. Explorando temas como tecnologia, discursividade, materialidade e consumo, inspira-se em autores como Byung-Chul Han, Freud e Nietzsche. O blog questiona narrativas dominantes, desmistifica ilusões e convida ao diálogo profundo. Aqui, ignorância não é falta de saber, mas um confronto com dúvidas e angústias, desafiando verdades superficiais e mercantilizadas.” — José Antonio Lucindo da Silva