Fonte da Opinião ENTRE REMÉDIOS E HORAS: O LUCRO QUE NÃO TOMA FOLGA Resumo – Neste ensaio em primeira pessoa, reflito sobre o paradoxo que emerge quando o setor farmacêutico — ícone público do cuidado — se declara “inviabilizado” pela simples hipótese de reduzir a jornada de trabalho de quem sustenta seus balcões. A partir de Zygmunt Bauman, Freud, Byung‑Chul Han e fontes jornalísticas sobre a PEC das 36 horas, indago: será mesmo o tempo o vilão, ou apenas a gravidade do dinheiro a dobrar o espaço‑tempo da dignidade? Palavras‑chave: jornada de trabalho; indústria farmacêutica; medicalização; capitalismo líquido; saúde do trabalhador. Introdução – A conta que só “não fecha” quando soma gente Descobri que o relógio oficial do capitalismo vem com um alarme secreto: toca toda vez que alguém ameaça tirar uma hora sequer do expediente. Foi assim que ouvi Sérgio Mena, da Abrafarma, advertir que a Proposta de Emenda à Constituição que reduz a jornada para 36...
"Mais Perto da Ignorância é um espaço de reflexão crítica sobre os paradoxos da existência contemporânea. Explorando temas como tecnologia, discursividade, materialidade e consumo, inspira-se em autores como Byung-Chul Han, Freud e Nietzsche. O blog questiona narrativas dominantes, desmistifica ilusões e convida ao diálogo profundo. Aqui, ignorância não é falta de saber, mas um confronto com dúvidas e angústias, desafiando verdades superficiais e mercantilizadas.” — José Antonio Lucindo da Silva