Canal para assistir ao vídeo: @maispertodaignorancia Eu deveria começar essa reflexão com um pedido de desculpas. Afinal, não há nada mais banal do que escrever sobre as redes sociais em pleno século XXI, quando até o cachorro do vizinho tem um perfil no Instagram mais relevante do que qualquer ensaio filosófico. No entanto, a banalidade, como diria Emil Cioran, é o verdadeiro cimento da existência humana. E o que são as redes, senão a celebração da nossa decomposição em tempo real? As redes sociais, essa maravilha da modernidade, são como um parque de diversões para egos carcomidos pelo tédio e pela ansiedade. Criamos perfis cuidadosamente editados, repletos de fotos sorridentes, corpos esculpidos por filtros e legendas inspiradoras que até Sêneca teria vergonha de assinar. Tudo isso para quê? Para sublimar, por mais alguns segundos, a dor de sermos aquilo que somos: criaturas condenadas a desaparecer sob o peso do próprio tempo. O Alter Ego Digital: Um Fracasso Esteticame...
"Mais Perto da Ignorância é um espaço de reflexão crítica sobre os paradoxos da existência contemporânea. Explorando temas como tecnologia, discursividade, materialidade e consumo, inspira-se em autores como Byung-Chul Han, Freud e Nietzsche. O blog questiona narrativas dominantes, desmistifica ilusões e convida ao diálogo profundo. Aqui, ignorância não é falta de saber, mas um confronto com dúvidas e angústias, desafiando verdades superficiais e mercantilizadas.” — José Antonio Lucindo da Silva