O Paradoxo da Liberdade e o Cansaço da Existência A liberdade é um conceito maravilhoso, tão maravilhoso que só pode ser uma farsa bem elaborada. De tanto repeti-la como um mantra, convencemos-nos de sua existência. "Seja livre!", proclamam os discursos publicitários, os influenciadores, os pensadores de autoajuda no LinkedIn – como se a liberdade fosse um perfume barato, acessível a qualquer um. A liberdade é total, sem barreiras, sem fronteiras, sem limites – um oceano aberto de possibilidades… desde que eu me lembre de conferir meu celular a cada cinco minutos para saber se alguém me validou. Eis a grande ironia da liberdade moderna: quanto mais ela promete autonomia, mais me torno escravo do olhar alheio. O limite não é meu, é do outro. Minha liberdade é concedida por ele – e o pior: eu a aceito com gratidão. Mas Byung-Chul Han nos alerta: não há mais um senhor que nos oprime. Nós nos exploramos voluntariamente. Somos, ao mesmo tempo, os mestres e os escravos ...
"Mais Perto da Ignorância é um espaço de reflexão crítica sobre os paradoxos da existência contemporânea. Explorando temas como tecnologia, discursividade, materialidade e consumo, inspira-se em autores como Byung-Chul Han, Freud e Nietzsche. O blog questiona narrativas dominantes, desmistifica ilusões e convida ao diálogo profundo. Aqui, ignorância não é falta de saber, mas um confronto com dúvidas e angústias, desafiando verdades superficiais e mercantilizadas.” — José Antonio Lucindo da Silva