Fonte Assista em nosso Canal no YouTube Entre pedras, algoritmos e espelhos rachados: o amor como responsabilidade sem sentido LEAD O amor nunca esteve no outro. Essa é a tragédia — e talvez a última ética possível. O que chamamos de relacionamento virou funcionalidade algorítmica, e o desejo, um projeto logístico. Mas e se amar fosse, como sugeriu Diotima, uma forma de suportar a falta? E se o eu soberano fosse apenas um ruído narcísico que ecoa no vazio do outro? O amor que não se completa: Diotima e o desejo sem retorno Platão nunca deu voz direta a Diotima. Ela não aparece no Banquete, só é evocada por Sócrates — e é justamente por isso que sua presença é tão poderosa. Ela não é corpo, é ausência. Não é argumento, é travessia. E o que ela ensina a Sócrates é simples e letal: o amor não é plenitude, é falta organizada. Desejamos aquilo que nos escapa. O amor é daimon, não é deus nem mortal. Ele é ponte — e como toda ponte, treme. Mas hoje não queremos pontes, quere...
"Mais Perto da Ignorância é um espaço de reflexão crítica sobre os paradoxos da existência contemporânea. Explorando temas como tecnologia, discursividade, materialidade e consumo, inspira-se em autores como Byung-Chul Han, Freud e Nietzsche. O blog questiona narrativas dominantes, desmistifica ilusões e convida ao diálogo profundo. Aqui, ignorância não é falta de saber, mas um confronto com dúvidas e angústias, desafiando verdades superficiais e mercantilizadas.” — José Antonio Lucindo da Silva