Suicídio Algorítmico e o Vazio do Eu 🕓 Escrito em 07/09/2025 · 18h35 (America/Sao_Paulo) O suicídio, que Durkheim tratou como fato social, hoje se vê atravessado por uma camada inédita: o algoritmo que retroalimenta delírios, angústias e comparações. Não se trata mais apenas de pertencer ou não pertencer a um grupo social, mas de ser co-produzido por códigos binários que colonizam a palavra, moldam o pensamento e corroem a experiência do Eu. Spinoza já alertava: morremos de tristeza antes do último suspiro. Cada encontro que nos diminui é uma pequena morte. O que mudou é que hoje os encontros mediáticos — likes, notificações, interações com chatbots — podem entristecer mais do que qualquer solidão material. O algoritmo se torna cúmplice simbólico de psicopatologias, devolvendo não o outro, mas o reflexo vazio de um Eu colonizado. Freud, em Luto e Melancolia, descreveu a sombra da perda projetada sobre o Eu. Hoje, essa sombra se expande porque o que se perde não é apenas o ...
"Mais Perto da Ignorância é um espaço de reflexão crítica sobre os paradoxos da existência contemporânea. Explorando temas como tecnologia, discursividade, materialidade e consumo, inspira-se em autores como Byung-Chul Han, Freud e Nietzsche. O blog questiona narrativas dominantes, desmistifica ilusões e convida ao diálogo profundo. Aqui, ignorância não é falta de saber, mas um confronto com dúvidas e angústias, desafiando verdades superficiais e mercantilizadas.” — José Antonio Lucindo da Silva