Solidão: a epidemia silenciosa no mundo que insiste em não ser ouvida
(https://www.correiobraziliense.com.br/cidades-df/2025/07/7203611-solidao-mata-100-pessoas-por-hora-no-mundo-alerta-neurologista.html)
Em um planeta hiperconectado, onde cada
segundo é compartilhado em tempo real, a solidão ainda reina — e mata. A
matéria do Correio Braziliense revela um dado alarmante: 100 pessoas morrem por
hora em decorrência da solidão, segundo alerta do neurologista Fabiano de
Abreu. Um dado que deveria nos fazer parar. Mas não paramos. A pressa pelo
sucesso, a estetização do bem-estar e a substituição das relações por telas
pavimentam o caminho de uma nova epidemia: a ausência do outro real.
Na lógica discursiva digital, o laço afetivo foi resumido a um emoji, e a dor,
anestesiada com performances. Paradoxalmente, nunca estivemos tão cercados — e
tão isolados. O “eu” tornou-se soberano, mas esse soberano governa um trono
vazio. A dopamina de uma notificação substitui o toque, a presença e o silêncio
compartilhado. E a solidão deixa de ser um afeto humano para se tornar um
produto da lógica de mercado que demanda constante atualização de si mesmo —
sem espaço para a escuta do outro.
O projeto Mais Perto da Ignorância já alertava: a substituição da dúvida por
certezas absolutas cria não só intolerância, mas uma ilusão de companhia. Os
algoritmos oferecem companhia sob medida, mas retiram a possibilidade do
inesperado — e, portanto, da verdadeira alteridade.
Não estamos apenas sozinhos. Estamos isolados dentro de nós mesmos, performando
bem-estar enquanto o corpo emocional grita por conexões autênticas. A solidão,
antes uma experiência existencial, virou uma sentença social. E o mais grave:
ela é silenciosa, eficiente, e agora... letal.
Leia a matéria completa aqui:
(https://www.correiobraziliense.com.br/cidades-df/2025/07/7203611-solidao-mata-100-pessoas-por-hora-no-mundo-alerta-neurologista.html)
Notas do Autor: Texto elaborado com base nas reflexões do projeto 'Mais Perto da Ignorância'.
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