Quando a máquina escreve, quem segura a alma da mensagem?
(https://www.metropoles.com/colunas/m-buzz/o-que-a-ia-generativa-esta-nos-obrigando-a-repensar-em-comunicacao)
Vivemos um ponto de inflexão na
comunicação: a IA generativa chegou para acelerar, iluminar caminhos, mas
também para nos colocar frente a um espelho. O que era tarefa de semanas pode
ser feito em minutos — resumos, pautas, planejamentos, até insights estratégicos.
Mas a que custo? A própria confiabilidade da informação. Testes recentes, como
cruzamentos de pesquisas de opinião no ChatGPT, mostraram que a IA “alucina”
dados, monta cenários inteiros sem base real e os entrega com convicção, sem
alertas.
O “salto mágico” da automação pode ser sedutor, porém superficial. Benchmarking
via IA oferece visões genéricas: posicionamento, campanhas, análise
superficial. Mas sentimentos, nuance cultural, reputação — isto depende de nós.
É a leitura humana que entende os códigos não escritos, emojis emocionais,
siglas contextuais, gírias regionais. E é o humano que coloca propósito e real
conexão onde o código exibe frieza analítica.
A IA não é inimiga; é parceira, disponível, rápida, organizada. Pode sugerir
pautas, esboçar discursos, estruturar planos. Mas é o profissional que dá alma.
Quem sabe utilizá-la sem abdicar de seu olhar crítico será o destaque. Já
disseram que não é a IA que vai roubar seu emprego, mas sim quem sabe usá-la.
No futuro, mais incerto e veloz, precisamos dominar seus limites. Saber quando
confiar – e quando desconfiar. Entender que repensar comunicação hoje é
equilibrar velocidade com substância, automação com sensibilidade, dados com
vivência. O que nos torna únicos não está no algoritmo, mas naquele olhar
sensível que cruza fonte, contexto e emoção. É aí que mora nossa diferença — e
nosso valor.
Notas do Autor: Texto elaborado com base nas reflexões do projeto "Mais
Perto da Ignorância".
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