Bom dia! Sim, afinal, é um bom dia para quem inicia uma nova jornada. A matéria exige seu tributo: trabalho, comida, barriga cheia e, quem sabe, uma dose de felicidade. Quem pensa diferente ou está alienado na discursividade ou, sinceramente, não está aqui. Porque, sejamos francos, ninguém vai para Marte de barriga vazia. A materialidade nos mantém no chão – literalmente e metaforicamente.
E para onde quero levar essa ironia? Simples: às multinacionais. Nissan, Ford, e tantas outras declararam, recentemente, que a cultura woke não é sustentável no capitalismo. E não é por acaso. Marx já dizia: os meios de produção determinam a forma como pensamos. Pois bem, o mercado percebeu que a cultura woke traz mais prejuízos do que lucros. A lógica do capitalismo, como sempre, prevalece.
E aqui entra a grande contradição: será que a tal geração YZ – a "geração do mimimi" – realmente detém a sabedoria? Ou será que a verdadeira base, os valores sólidos do mercado, ainda residem nas mãos dos "idosos"? Aqui, faço uma ressalva: não me refiro à idade cronológica, mas às "cabeças pensantes" – aquelas com mais de 45 anos que sabem como o mercado funciona. Sim, discurso não tem peso, mas o dinheiro tem gravidade.
O que vemos, então, é o inevitável declínio da cultura woke. O capitalismo vai, como sempre, retomar o que é seu por direito: a busca pelo lucro. Podemos, inclusive, comparar com sistemas econômicos de culturas distintas, que, mesmo politicamente divergentes, reconhecem a força produtiva dos mais velhos. É curioso como essas economias resgatam o protagonismo de quem realmente entende a engrenagem produtiva.
A verdade é que o dinheiro continuará determinando o jogo. A discursividade pode entreter, gerar curtidas e debates acalorados nas redes, mas, no fim das contas, é só discurso. Como diria o mestre, o capitalismo não perdoa; ele apenas lucra.
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Referências
MARX, Karl. O Capital: Crítica da Economia Política. São Paulo: Boitempo, 2013.
HAN, Byung-Chul. Sociedade do Cansaço. Petrópolis: Vozes, 2015.
ZUBOFF, Shoshana. A Era do Capitalismo de Vigilância. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2020.
BAUMAN, Zygmunt. Modernidade Líquida. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.
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@joseantoniolucindodasilva
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