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A Influência das “Não-Coisas” na Identidade e Saúde Mental na Era Digital: Uma Discussão Crítica


Resumo 

Este artigo explora a influência das “não-coisas” – conceitos abstratos e digitais – na identidade e saúde mental dos indivíduos na era digital. Através de uma discussão crítica, examinamos as implicações dessas “não-coisas” para nossa interação com o mercado de capital e a sociedade em geral.

Introdução 

Na era digital, estamos cada vez mais nos relacionando com “não-coisas” – conceitos abstratos e digitais – em vez de coisas tangíveis e físicas. Essa mudança tem implicações significativas para nossa identidade, saúde mental e a maneira como interagimos com o mercado de capital.

A Influência das “Não-Coisas” na Identidade As “não-coisas”, como dados digitais e perfis de usuário, podem fornecer informações valiosas sobre os interesses, comportamentos e preferências dos consumidores. No entanto, essas “não-coisas” não capturam a totalidade da experiência humana. Nossas vidas e identidades são complexas e multifacetadas, e não podem ser totalmente compreendidas ou representadas por dados digitais sozinhos. Como Byung-Chul Han coloca, “A identidade que apresentamos online é, em muitos aspectos, uma ‘não-coisa’ – é uma construção que é formada através do discurso e da interação, e não necessariamente uma representação precisa de quem somos no mundo físico.”

A Influência das “Não-Coisas” na Saúde Mental A pressão para estar sempre conectado e a ênfase na produtividade constante podem levar ao esgotamento e a outros problemas de saúde mental. Portanto, é importante encontrar um equilíbrio entre nossa vida digital e física, e lembrar que somos mais do que os dados que compartilhamos online. Freud argumentou que a tensão entre os impulsos individuais em busca de prazer e as demandas da sociedade para a conformidade e a repressão desses impulsos leva ao mal-estar ou à insatisfação.

A Influência das “Não-Coisas” no Mercado de Capital A implementação de normas ou regras no espaço digital pode levar à formação de grupos polarizados. Isso pode ocorrer quando diferentes grupos têm visões divergentes sobre o que constitui um comportamento aceitável online, ou quando as pessoas sentem que suas vozes não estão sendo ouvidas no processo de tomada de decisão. Quando falamos como ‘o outro’, estamos nos colocando no lugar de outra pessoa, tentando entender suas experiências e perspectivas. No entanto, essa é uma tarefa complexa que requer tempo, reflexão e empatia.

Conclusão É crucial promover o diálogo e a compreensão mútua no espaço digital. Isso pode envolver a promoção de normas de respeito e civilidade, a criação de espaços seguros para discussão e a garantia de que todas as vozes sejam ouvidas. É um desafio complexo, mas essencial para criar um espaço digital que seja inclusivo e acolhedor para todos.

Referências : 
Han, Byung-Chul. “Não-coisas: Reviravoltas do mundo da vida”. Editora Vozes, 2022. : 

Freud, Sigmund. “O Mal-Estar na Civilização”. Editora Imago, 1930. 

Lacan, Jacques. “O Seminário, livro 11: Os quatro conceitos fundamentais da psicanálise”. Editora Zahar, 1973.

#maispertodaignorancia
@joseantoniolucindodasilva

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